efabula

Contra-parede

Exposição com Ana Vidigal, Pedro Gomes e Nuno Nunes-Ferreira
 
Curadoria de Hugo Dinis
 
De abril de 2021 a setembro de 2022

Contra-parede apresenta em diálogo as obras dos artistas Ana Vidigal, Nuno Nunes-Ferreira e Pedro Gomes. Partindo de uma discussão alargada em torno da parede como lugar privilegiado para a intervenção no espaço público, os artistas propõem questionar o espaço arquitetónico em que as obras são apresentadas. Considerando, simultaneamente, o espaço social, histórico, cultural e político em que os equipamentos museológicos se inserem, as obras promovem um diálogo frutífero sobre o papel da arte junto das comunidades locais em que se apresentam.

Adicionando o prefixo “contra” a “parede” recorre-se ironicamente à contradição para infringir um confronto com as instituições, que se erguem através das estruturas arquitetónicas e dos seus significados de poder. De facto, ao cobrir a parede e ao ocupar a quase totalidade do espaço expositivo, as obras apresentadas no projeto Contra-parede conquistam espaço de visibilidade que, através da intervenção ativa dos artistas e do público como espetadores informados, se revelam espaços subvertidos de contra-poder.

Ana Vidigal

©Ana Vidigal, "Assim é melhor, agora somos 4", 2021, ©Diogo-Amaro

Com uma licenciatura em Pintura ESBAL em 1984, foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian (1985–1987). Fez o estágio de Gravura em Metal com Bartolomeu Cid, Casa das Artes de Tavira (1989). Foi pintora residente do Museu de Arte Contemporânea — Fortaleza de São Tiago, Funchal (1998/1999). Realizou uma residência artística em Ifitry, Marrocos, em 2013. Em 2018, a convite da Embaixada de Portugal na Colômbia, deu duas masterclass em Bogotá (Universidad de los Andes e FLORA ars+natura), e um site-specific (Universidad de los Andes).

Expõe individualmente desde 1981, das quais se destacam das mais recentes: Universidade dos Andes, Bogotá (2018); Galeria Espacio Minimo, Madrid (2018); Museu Leopoldo de Almeida, Caldas da Rainha (2019); Galeria Fernando Santos, Porto (2020). Em 2010, a Fundação Calouste Gulbenkian realiza a sua primeira exposição antológica Menina Limpa Menina Suja, com curadoria de Isabel Carlos. Em 2020, realizou as exposições individuais Arpad e as Cinco, na Fundação Arpad Szénes-Vieira da Silva, Lisboa e 20 Anos Depois, na Casa das Mudas – Museu de Arte Contemporânea da Madeira.

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A sua obra está presente em várias coleções públicas: Fundação PLMJ, Lisboa; Museu Calouste Gulbenkian – Coleção Moderna, Lisboa, Coleção de Arte Fundação EDP, Lisboa; MNAC – Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa; Coleção da Caixa Geral de Depósitos, Lisboa; Museu Coleção Berardo, Lisboa; Coleção António Cachola, MACE – Museu de Arte Contemporânea de Elvas, entre outras.

Nuno Nunes-Ferreira

©Nuno Nunes-Ferreira

Expõe individualmente de maneira regular desde 2000, sendo as mais recentes: dois anos e meio, Balcony Contemporary Art Gallery, Lisboa (2019); A qué hora comienza la revolución?, Galeria Juan Silió, Santander, Espanha (2017) e 1440 minutos, Galeria Baginski, Lisboa.
 
 

Participou em inúmeras exposições coletivas, de onde se destacam: Alianza del ojo y del alma, Centro Cultural “Los Arenales”, Biblioteca y Archivo de Cantanria, Santander (2019); crónicas del mundo actual, Fundación Valentin de Madariaga, Sevilha, Espanha (2018); O que eu sou, MAAT, Lisboa (2017); Portugal em Flagrante, Operação 1, 2 e 3, Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa (2017); Rehabitar el espacio: presente, passado y futuro, Colección DKV, Museu Lázaro Galdiano, Madrid, Espanha.

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Nuno Nunes-Ferreira

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Os seus trabalhos estão presentes em diversas coleções entre as quais de destacam: Fundação Calouste Gulbenkian; IVAM; Fundación Hortensia Herrero; Colección Norte de Arte Contemporáneo, Fundación Focus Abengoa, Fundació Sorigué, Colección DKV, Fundação Bienal de Cerveira, Museo de Arte Moderno y Contemporáneo de Santander, Liberty Seguros, Colección Olor Visual, Colección ACB, e Juan Uslé.

Pedro Gomes

©Pedro Gomes

Completou o MFA pelo Chelsea College of Art (Londres) e o Curso Avançado do Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual (Lisboa). Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa). Em 2020 realizou uma exposição antológica, intitulada Encontro às Cegas no MNAC – Museu Nacional de Arte Contemporânea em Lisboa.

Das exposições individuais que realizou, destacam-se das mais recentes: A óptica do utilizador, Appleton Square, Lisboa (2019); Um Quarenta, Galeria Diferença, Lisboa (2018); Urbe, Fundação Arpad Szénes-Vieira da Silva, Lisboa (2018); 16 de Setembro, Galeria Presença, Porto (2017); A Torre, Galeria Miguel Nabinho, Lisboa (2016); e Inscape, na Galeria Presença, Porto (2016). Das exposições coletivas em que participou, dá-se destaque: O Desenho Incerto – Cinco leituras do espaço, Colégio das Artes, Coimbra (2020); Germinal. O núcleo Cabrita Reis na Coleção de Arte da Fundação EDP, MAAT, Lisboa (2018); Quatro Elementos, Galeria Municipal do Porto, Porto (2017); Uma coleção = um Museu, MACE – Museu de Arte Contemporânea de Elvas, Elvas (2017); e As Casas na Coleção do CAM, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (2016).

A sua obra está representada em várias coleções públicas e privadas, em Portugal e no estrangeiro, tais como o Museu Calouste Gulbenkian – Coleção Moderna, Lisboa; Coleção António Cachola, MACE – Museu de Arte Contemporânea de Elvas; Coleção de Arte Fundação EDP, Lisboa; MUDAS – Museu de Arte Contemporânea da Madeira; Fundação PLMJ, Lisboa; Fundação Leal Rios, Lisboa; Coleção de Arte do Estado, Portugal; entre outras.

@Ana Vidigal

©Nuno Nunes-Ferreira

©Pedro Gomes

Hugo Dinis é licenciado em Artes Plásticas – Pintura (1998/2004), pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Tem uma pós-graduação em Estudos Curatoriais (2005/06), pela mesma faculdade e Fundação Calouste Gulbenkian. Entre 2008 e 2011 trabalhou como assistente na Galeria 111, em Lisboa. Entre 2011 e 2016 trabalhou como assistente na Galeria Filomena Soares, em Lisboa. De 2017 a 2019, colaborou como produtor, investigador e curador no Atelier-Museu Júlio Pomar/EGEAC, em Lisboa. Atualmente colabora com a Culturgest em Assessoria da Coleção da Caixa Geral de Depósitos e no secretariado da AAVP – Associação de Artistas Visuais em Portugal. Entre 2021 e 2022, desenvolveu a exposição itinerante Contra-parede, no Museu Municipal de Tavira, no Museu do Côa, no Museu Leopoldo de Almeida, nas Caldas da Rainha, e no Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes, com organização da efabula. Em 2020 comissariou, com Emília Ferreira, a exposição individual Encontro às Cegas, de Pedro Gomes, no Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC), em Lisboa. Obteve o Prémio de Curadoria do Atelier-Museu Júlio Pomar / EGEAC 2016, com o projeto Estranhos dias recentes de um tempo menos feliz. Em 2008 comissariou a exposição intitulada Desedificar o homem, na Galeria Municipal Paços do Concelho, Doispaços Galeria Municipal e Transforma, em Torres Vedras, no âmbito do projeto itinerante Antena da Fundação Serralves.

TAVIRA
Museu Municipal de Tavira / Palácio da Galeria
10.04.2021 – 10.07.2021
 
VILA NOVA DE FOZ CÔA
Museu do Côa / Fundação Côa Parque
02.10.2021 – 21.11.2021
 
CALDAS DA RAINHA
Museu Leopoldo de Almeida / Centro de Artes
05.03 – 30.04-2022
 
ABRANTES
MIAA – Museu Ibérico de Arqueologia e Arte
23.04 – 25.09.2022

Artistas: Ana Vidigal, Nuno Nunes-Ferreira, Pedro Gomes
Curadoria: Hugo Dinis
Comunicação: Marta Rema
Design gráfico: Edgar Rei (Município de Abrantes); Miguel Macedo (Centro de Artes das Caldas da Rainha); Madalena Vidigal (Museu do Côa); Cristina Palma (Museu Municipal de Tavira).
Gestão financeira: Sílvia Guerra
Apoio à produção: Ricardo Batista
Gestão do sítio: Miguel Leal
Parceiro média: Umbigo
 
Projeto financiado por República Portuguesa – Cultura | DGARTES – Direção-Geral das Artes.
 
Contactos:
e: projetocontraparede@gmail.com
i: parede_contra
f: parede.contra

Agradecimentos
 
Bruno Frade, Bruno J. Navarro, Elisabete Martins, Fernando Ribeiro, Lucinda Correia, Mário Soares, Rui Dias Monteiro, Susana Castelo.